Vida Nova.

Não. Minha vida continua basicamente a mesma ainda. Fora meu amor por minha namorada que cresce cada dia mais, mas isso é materia pra outro post. O lance é que sempre que eu pego um ônibus que vai pra casa de minha namorada, algo de estranho acontece. Linhas como Mussurunga, Patamares R1 e R2, Portão e Vida Nova são alvos contínuos de situações bizarras.

Ontem por exemplo, estavamos no Iguatemi, e pegamos um Vida Nova cheião. Pensamos até em sair e pegar outro buzu no meio do caminho, mas ele não para em nenhum ponto depois do Iguatemi. Ai ficamos nele mesmo. Fomos pra frente. Quando que de repente me aparece uma véia lá, n sei dizer exatamente a idade, mas parecia bem castigada pela seca do nordeste. Do nada essa véia começou a lançar várias histórias da vida dela, em forma de piada. Daquelas que a gente vê no "Só Rindo" do Multishow. Caralho... não demorou muito para chamar atenção do ônibus inteiro. No início não dei muita atenção. Detesto pessoas que querem chamar atenção assim do nada. Mas essa véia até sabia contar as histórias.

Ela contou que uma vez quando era mulher da vida, teve q raspar a cabeça por algum motivo lá, q n lembro, e teve que colocar uma peruca longa. Ai um cara chegou lá e começou a alisar o cabelo dela, e a peruca começou a sair do lugar, de um lado pro outro. Quando o cara percebeu que era peruca, deu um tapão na cabeça dela que a peruca foi parar longe. O cara disse: "Sai pra lá... eu não gosto de viado não, porra!" E ela disse: "Eu não sou viado não... sou mulher." Isso ela já devia tá na casa do cara, porque ela disse que o cara não acreditou que ela era mulher e soltou os cachorro em cima dela. O buzu foi abaixo.

Emendando uma na outra ela contou outro caso lá, de quando ela foi trabalhar na casa de uma senhora. Ela disse que sempre que arranjar um emprego na casa de alguem dizia que tinha trabalhado na casa do prefeito, q tinha encerado a casa do prefeito. Tudo mentira, nunca tinha visto o prefeito na vida. Ai a patroa deu um peru pra ela rechear e assar. Sendo que ela nunca tinha feito isso na vida. Encheu o peru de agua, farinha e fermento e picou no forno. Ela disse que quando o negocinho apitou e ela foi ver... o peru tava da grossura da roda do pneu do ônibus. A patroa pirou e rumou o peru quente nas costa dela. Acabou com as costa da veia. Ai ela foi dar queixa na delegacia, e foi explicar a história pro delegado. Mas ai o delegado disse: "Minha senhora... a senhora quer rechear uma porra de um peru com farinha e fermento e ainda reclama quando a patroa mete a desgraça em suas costa? Ela tá é certa." Mais uma vez o buzu se acabou.

A ultima história que eu ouvi foi uma que ela tava na casa de outra patroa e o pai da patroa tava deitado na sala. Ai ela foi pegar o aspirador de pó e se confundiu e pegou em outra coisa lá que ela não identificou o q era. Ai eu tive que descer e ela continuou com as histórias lá. Sem noção a véia.